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História de Birigüi

Aqui você encontra uma breve história da cidade de Birigüi e seus primeiros personagens históricos.

A grafia correta da cidade é Birigüi, "com trema na letra "U". A cidade, entretanto, também é conhecida como "Cidade Pérola". Este outro nome foi dado por um jornalista de São Paulo, que veio a Birigüi em 1.934. Na visita fez uma crônica social do aniversário do Senhor Roberto Clark, "desta Pérola da Zona Noroeste", foi a primeira expressão. Segundo consta, a publicação aconteceu em um jornal birigüiense, famoso da época, "O Maribondo", em sua página 3.

Birigüi fica localizada na Região Noroeste do Estado de São Paulo, distante 521 Km da Capital do Estado, sua área geográfica é de 537 km2, a uma altitude de 400 metros e clima tropical seco. Birigüi foi fundada em 7 de dezembro de 1.911 por Nicolau da Silva Nunes, nascido em Portugal em 1.880 e chegado ao Brasil em 1.892. Após estada no Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, vai residir em Sales de Oliveira, no Estado de São Paulo. Em novembro de 1.911, vindo de Bauru e Araçatuba, adquire na Chave (ponto de parada das locomotivas), denominada Birigüi (daí a primitiva denominação), 400 alqueires de terras. Aí se fixando, tem por primeira morada, com seus companheiros, e para se proteger dos índios caingangues, dois vagões da Estrada-de-Ferro Noroeste, obtidos em Bauru.

primeiros.jpg Um mês mais tarde, com a chegada de várias famílias, compradores de terras e agregados, começa a crescer o vilarejo, que tem Santo Ambrósio por padroeiro. Matas são derrubadas e constrói Silva Nunes a primeira casa, em área de encontro hoje das ruas Silvares, ex-Tiête, com a rua dos Fundadores. A esse tempo, três vezes por semana, um trem da Estrada de Ferro Noroeste, que lançara seus trilhos em 1.908, faz parada na Chave de Birigüi enfrentando não raro o ataque dos índios. Em 1.912, conseguida por Rondon a paz com os caingangues, é fundada pelo coronel Manoel Bento da Cruz, proprietário de 30.000 alqueires de terras entre Birigüi e Araçatuba, a Companhia de Terras, Madeiras e Colonização de São Paulo, cujo plano de povoamento se constituiria numa das principais forças do progresso do futuro município.

As primeiras estradas de rodagem são abertas pela Companhia, com 700 Km de penetração. Nessa época possuía Birigüi apenas 30 ou 40 casas, quase todas de pau-a-pique. Esse número subiria a mais de 200, dois anos mais tarde, a maior parte de tijolos e cobertura de telhas, contando-se em torno de 1.000 o número de habitantes. Em 1.913, oito anos antes da formação como município, já se delineava a planta de Birigüi, por iniciativa da Prefeitura de Bauru, de que era titular recém-eleito o coronel Manoel Bento da Cruz.
 

Têm início as atividades agrícolas, avultando 5 ou 6 anos mais tarde a cafeicultura desenvolvida principalmente nas fazendas Água Branca e Silvares, que já possuiam 700.000 cafeeiros. Colhem-se anualmente 150 arrobas por mil pés. No auge da produção cafeeira, em 1.927, Birigüi embarca pela estação da Noroeste mais de 150.000 sacas de café, ficando a região, atrás apenas de Pirajuí e Lins. Telégrafo e telefone se instalam pouco depois de 1.914 e 1.917 respectivamente. O progresso alcançado por Birigüi já reclamava sua emancipação política. Assim é que, em junho de 1.919, uma comissão constituída por James Mellor, Nicolau da Silva Nunes, Anor Garcia, Gentil Pinto Ferreira Coelho e Mário de Souza Campos se encontra para tratar da questão com o chefe político, coronel Manoel Bento da Cruz.

No ano seguinte, por indicação do diretório político de Penápolis, o Deputado Luís de Toledo Piza Sobrinho apresenta à Câmara de Deputados o projeto nº 34, propondo a criação do Município de Birigüi, determinada finalmente, em 8 de dezembro de 1.921, por Lei estadual, promulgada por Washington Luís. Nessa época Birigüi já possuia energia elétrica, com inauguração da primeira unidade de 1.000 c.v., para iluminação também de Caingangue (Coroados), Araçatuba, Calmon, Legru e Glícério e aumento da rede de Penápolis. Pela Companhia de Força e Luz, à qual foi vendida a primitiva empresa, é instalada em 1.926 a segunda unidade de 1.000 c.v., e em 1.927 a terceira, de 2.000 c.v.

Os primeiros moradores



 

Os primeiros moradores de Birigüi, em grande parte, fincaram raízes no Município e suas famílias hoje, são as chamadas tradicionais da cidade, incluindo-se aí as famílias fundadoras, como os Silva Nunes, os Moimás, entre outros. Figuram entre os primeiros moradores os fundadores e os primeiros compradores de terras. A família Silva Nunes vêm do fundador, Nicolau da Silva Nunes. Também figuram Francisco Galindo de Castro, Manoel Bento da Cruz, Francisco Martins Archilla (conhecido como Francisco Romero), Antonio Simões, Faustino Segura, Lucas Scarpin, Ricardo Del Nery, João Galo, França Contel, José Fonzari, Roberto Clark, entre outros. A Senhora Antônia Real Dias, esposa de Galindo de Castro, foi a primeira mulher a pisar em solo biriguiense.
 


 

Roberto Clark



 

Roberto Willian Clark nasceu em 13 de agosto de 1.854, na Escócia. Filho de Ro bert Willian Clark e Margareth Clark, veio para o Brasil e casou-se, em Santos, com uma inglesa, de nome Harriet, em 1.887, sete anos depois de desembarcar em nosso país. Mudou-se em 1.912 para Birigüi Tornou-se nome importante da agricultura local. Birigüi tinha no café sua principal atividade.Foi diretor-técnico da Companhia de Terras, Madeira e Colonização São Paulo, chegando, mais tarde, a ser seu presidente. Formou a "Fazenda Água Branca", e depois a Fazenda "Veado", de café. Em prol da cidade, trabalhou muito. Doou as primeiras carteiras escolares da primeira escola municipal da cidade; doou o terreno para construção do templo metodista, do Instituto Noroeste e do estádio que leva seu nome. Também foi político, presididno o PRP - Partido Republicano Paulista. Faleceu em 1.938.
 


 

James Mellor



 

O inglês James Mellor foi um dos principais defensores da elevação do nome Birigüi a Distrito de Paz, em 1.914. Era, á época, Vereador em Penápolis. Anos antes, acompanhou as picadas iniciais abertas e os primeiros marcos da futura cidade. Na Câmara, lutou pela abertura da estrada que ligaria Birigüi a Penápolis e também a Araçatuba; lutou pela vinda das primeiras escolas para Birigüi e região. Foi também fundador da Companhia de Terras, Madeiras e Colonização São Paulo com Roberto Clark, Bento da Cruz e outros pioneiros. Faleceu em 1.920 em São Carlos.

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